quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

E aí vêm mais um.

É chegado mais um final de ano, pois é meus amigos esta perto, e mais uma vez eu começo a fazer contas a vida, é inevitável, penso que a maior parte de nós faz isso. A contabilidade do ano. As coisas que nos aconteceram, as que nós fizemos acontecer e aquelas que nos passaram ao lado.
E no fim de contas o que prevalece são as PESSOAS;
As pessoas com quem nos cruzamos, aquelas que já não sabemos delas há muito, aquelas que queriamos ao nosso lado. As que ganhamos e criamos um laço, as que perdemos e nos deixaram uma marca insubstituivél. Aquelas a quem demos a mão, um abraço, um beijo, aquelas a quem seguramos para que não se percam, não se magoem. Aquelas que fazem isso por nós.
Hoje penso nos meses que passaram e dou-me por feliz, foi um ano conturbado meus amigos, mas muito feliz, tomei decisões doidas e equilibradas, arrisquei o meu pescoço, a minha honra, os meus valores, sempre no sentido de fazer o que esta certo. E não me arrependo. O que não quer dizer que não tenha falhado também, nos momentos eu que eu precisava de ser forte e não fui, quando alguém precisava do meu colo, da minha atenção, do meu amor e eu não estava lá. Sou humana, somos humanos, no nosso íntimo tentamos fazer o que podemos.
Este ano dou-me por feliz por ter a companhia de 3 pestinhas, que me alegram todos os dias, dão cabo da paciência desta tia que esta a ficar cota, mas que com um “ tia eu te amo muito” fazem esquecer qualquer dor. Feliz por estar junto de parte da minha familía. Por ter conhecido pessoas que foram muito mais que colegas de trabalho, foram pais, irmãos, amigos. Com quem ri, com quem chorei, com quem partilhei momentos inacreditáveis. Por ter paz, amor e por não ter perdido a esperança e a fé nas pessoas que me rodeiam.

Contas aos sonhos realizados, as desilusões, as lágrimas, ao riso. Contas aos momentos mágicos, a adrenalina. A vida.
Com o passar dos anos, acabamos por mudar, por dar valor a outras coisas, arrependemo-nos de escolhas, felicitamo-nos por escolhas mais acertadas, identificamo-nos como heróis de nós próprios, quando fazemos conquistas individuais. No fim de contas a maior parte de nós fomos heróis de nós prórios, lutamos sozinhos e acompanhados, mas lutamos. Somos heróis.

E como heróis, pousaremos a nossa espada e escudo no final deste ano, e recebemos o próximo ano com fé de que faremos o possível por dar graças, ao facto de sermos quem somos e de termos mais soldados ao nosso lado que nos acompanharão nas lutas diárias.
E é com um sorriso nos lábios, a olhar para uma linda praia de uma baia azul, que vós desejo o melhor que a vida têm e que a humildade, a gratidão, a fé, saúde, a riqueza e o amor próprio e pelo próximo seja uma constante nas nossas vidas.

Um beijo.
( hã e Boas Festas.... pelo corpo todo hahahahaaha)

domingo, 18 de outubro de 2009

Podes beijar-me.


Olhas para mim pela primeira vez e o meu ser estremece ao perceber que queres beijar os meus lábios, eu sei. Sei que assim que me viste sentiste esse desejo. Sei que afastas o olhar a procura de algo mais bonito para ver, e encontras os meus olhos. Mordes a língua contrariado, depois dos meus lábios, só mesmo os meus olhos podiam ser mais atraentes. E aí afastas o olhar, percorres a minha face e paras entre a linha que une o meu pescoço e os ombros, sentiste um aperto, dói-te não poderes passar os dedos por ali, amaciar as tuas mãos com o pouco de mim que deixo aparecer.
O teu olhar percorre o meio do meu peito, enquanto debitas um discurso formal, tentas desviar o olhar pois adivinhas-te os meus seios por entre o decote discreto. Movo-me tentando ajudar-te a concentrar no que digo. É importante, mas tu voltas a fixar o movimento dos meus lábios. Que faço contigo? Paro de falar e instala-se um silêncio, sorrio com o teu embaraço, pois percebes que eu percebi, que já me levaste dali para os teus lençóis, que na tua cabeça, já percorreste os meus lábios, com os teus dedos, com a tua língua, com a tua pele. Que os beijas lentamente, saboreias cada centímetro, paras e voltas de novo, para te satisfazeres uma e outra vez. Já os mordiscaste até eu sentir dor, magoas-me com a tua sede de desejo por eles. Admirá-los como se o melhor de mim se concentra-se ali, nos meus lábios, estes que querias que fossem só teus.


Podes beijar-me sempre e muito.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Rascunho

Transfiro-me para as alturas e olho para baixo.
Longe vão os tempos em que a contemplação, não passava disso mesmo.
Agora invejo-me ao olhar para atrás, esse passado que me tortura com alegres lembranças. Esse passado que não constitui um futuro igual, sempre diferente cada minuto cada instante.
Fujo de mim, procuro abrigo longe do passado e do futuro, o frio gela os movimentos mais rápidos, mas continuo a fugir, na esperança... sim na esperança vã ou não de conseguir.
Ando numa procura insaciável de sentimentos vivos como os quadros dos iluministas. Estariam eles também a procura da mesma coisa... não sei.
As vezes ponho-me a pensar que procuro eu, nos olhos dos outros. Sim no fundo das suas almas, que procuro eu? Consolo? Irrita-me saber que vivo em busca de,... bem seja do que for.
Gosto da satisfação que me dá ver nascer outro dia, sentir a frescura da manhã através das cores do céu, quando o sol começa a nascer. Sinto-me a nascer de novo como uma flor que se levanta para receber o seu amo, o sol.
Gosto também de tocar na água, sim sentir a sua textura, olhar para ela, deslumbrar-me seja na imensidão do mar ou mesmo de uma gota. É linda a água, é perfeita, não tem comparação com nada.
Vai-se lá compreender essa minha paixão pelas arestas da vida, a minha visão do que é, ou aparenta ser. Vai-se lá saber, porque sou assim. Não sei, sim, não sei, talvez não queira mesmo saber.



Texto escrito em 1996, num pequeno papel de um bloco de notas, uma folha já velha que me acompanha estes anos todos.

Beijo com sabor a lembrança.

sábado, 8 de agosto de 2009

NOT PERFECT

Há um encontro perfeito em tudo, o equilíbrio das coisas. Entre o mau das coisas e o bom das coisas, existe um ponto perfeito.
Existe a hora perfeita do dia, o minuto perfeito, o momento perfeito. Num dia que pode ter corrido mal, existiu o momento perfeito e muitas vezes este passa-nos ao lado.
O momento perfeito é aquele em que o tempo pára, a nossa respiração pára, o mundo pára. É muito curto o momento perfeito, pode durar uns segundos, no máximo, um a dois minutos. Pode ser um abraço, pode ser um beijo, pode ser uma mão agarrada a outra, pode ser uma palavra, um grito, um encontrão, um adeus. É sempre algo que nos faz parar, parar a nós próprios.
O momento perfeito é um prazer, como quando inalamos um bom perfume pela primeira vez. Cheira a novidade, a passado, a presente, a futuro.
O momento perfeito carrega consigo a essência da vida, por isso é que sabe tão bem, por isso é que ...



P.S - Fica assim imperfeito, inacabado, eu voltarei para o terminar.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cartão vermelho

Hoje escorreguei e bati com o braço numa porta de tal maneira, que a dor me fez cair. Fiquei de joelhos, rendida a dor. Agarrada à ferida aberta que pouco sangrou, mas que se tornará numa estranha cicatriz, como se um pequeno animal selvagem me tivesse arranhado.
Fiquei com as lágrimas a quererem aparecer, incrédula com o tamanho da dor. Sentada a beira da escada analisei o meu percurso. Andei o dia todo longe de mim. Pela manhã ao atravessar a rua, a pensar não sei no quê quase que era atropelada.
Passei o resto do dia a pensar nos ses. E se eu tivesse mesmo sido atropelada o que seria de mim, quem me seguraria, quem me trataria, quem limparia as lágrimas. Provavelmente eu mesma. Não por faltar quem o fizesse, mas porque seria assim.
Depois comecei a pensar e se em vez de um simples acidente eu desaparece-se assim, num minuto. Deixasse este mundo, que seria de mim?. Bem de mim não sei mesmo, mas o que seria dos meus, daqueles a quem faço falta, daqueles que me têm como deles, daqueles a quem toquei. Pensei em ti, no meio de tanta gente pensei em ti, e comecei a chorar porque lembrei-me que já não poderia ter-te no meu colo e os teus cabelos acariciar. No fundo pensei em mim na falta que me farias.

Há dias que mais vale nem falar.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Viaja-me


Eu viajante, que sacudo dos pés a poeira que trago de outras terras, de outros tempos.
Eu que a teu lado estive numa praia, num dia de sol em Copacabana. Eu uma estranha a quem deste a mão e travaste o meu corpo num tango em Buenos Aires. Eu que atravessei o Champ Elysees, para sentir o teu perfume ao ver-te passar do outro lado.
Que de uma gôndola te disse adeus, por entre as ruas aguadas de Veneza. Eu que te atirei um beijo por entre as cerejeiras em flor num Japão distante.
Eu que roubei a palhinha do teu coco, em plena Riviera Maya. Eu que senti o sol crepitante a uns metros das pirâmides. Eu que nadei a teu lado nos lagos gelados da Patagónia. Em Campos de Jordão te atirei neve. E me vesti de flores em plena noite de lua cheia numa praia no Hawai.
Eu que desci sem fé o kilimanjaro, eu que olhei para ti do cimo do Burj Al Rab. Caí de uma cascata numa verdejante Nova Zelândia. Eu que lancei um boomerang para lá da Uluru.
Que de joelhos no deserto Sahara ouvi o silêncio da vida. Em Las Vegas, inebriada por com um copo de rum com gelo, casei contigo dentro de um Cadillac azul navy.
Que contigo rezei num ashram, cada um ao seu Deus. Que saboreei o chá de menta numa tenda perdida a sul de Hammamet.
Tu que partilhaste um charuto, numa Havana vestida de nova durante a noite. Eu que te deixei ver massajarem-me o corpo, num quartinho de uma Tailândia perfeita.
Eu que te pisquei o olho numa das ruas vermelhas de Amesterdão. Tomei o nosso café encostada a uma esquina na Quinta Avenida.
Aconcheguei–te em peles numa cama de gelo, na Islândia. Que te dei a provar o manjar dos deuses em Koh Samui.
Eu viajante, que sacudo dos pés a poeira que trago de outras terras, de outros tempos. Eu que me rendo aos teus encantos, vida após vida, alma após alma. Declaro que foste a mais curta viagem, mas a mais bela delas todas.

Eu que dos teus lábios atravessei o teu queixo, para te beijar o pescoço, eu que escorreguei para te sussurrar ao ouvido, eu que percorri com fome o teu peito e deslizei pelo teu corpo. Que dos teus olhos perdi-me, que das tuas mãos quis que me deixasses marcas de passagem como num mapa.

Eu que descobri caminhos em ti suspiro e digo que foste a mais curta viagem, mas a mais bela delas todas.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Melodia

Há algo na tua voz, há algo que me sossega, que me segura, que me diz que não és ilusão.
Há algo na tua voz que me dá alento, que afasta o medo, a solidão, a dor.
A tua voz que é tua, que faz de ti um poema.
Sim és um poema, com traços de canela, com sabor a pimenta e suave como chocolate.
A tua voz faz de ti, alimento para a minha alma, que não consegue levantar as asas.
Quando a oiço, fecho os olhos e respiro fundo como se pudesse suster no ar, o som da tua voz. Rodopio sobre mim mesma, como se uma brisa me fizesse girar, o ar transforma-se numa leve cama de pétalas, o som os lençóis de seda.
A tua voz transforma-se em ti, envolve-me, abraça-me e marca-me. Despe-me, fico nua, fico eu.

O meu coração gosta da tua voz, a minha alma precisa da tua voz, o meu corpo ama a tua voz.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Velas



Hoje quero o melhor.Quero a ti. A ti para me mimar.
Para me acordares com um beijo, despires-me e fazeres amor comigo. Dares-me banho como só tu sabes. Escolheres a minha roupa, comigo sentada em cima da cama a torcer o nariz.
Vamos tomar o pequeno –almoço naquele sítio que eu adoro, com vista para o mar. Vamos passear de mãos dadas pelas montras, hoje quero comprar o mundo.
A hora do almoço, quero comer massa, com um bom vinho tinto. Quero me dês de comer na boca, que me mordisques os lábios.
Vamos dormir a sesta, bem agarradinhos, como se o mundo fosse acabar hoje.
Vamos a um Spa fazer uma massagem os dois, daquelas para casais. Num ambiente de velas e cheiros únicos, quero sentir a minha alma abraçar a tua.
Ao jantar, quero rosas a decorar a nossa mesa. Vou vestir o meu vestido preto aberto nas costas, vou colocar aquele colar que eu tanto gosto. Vai ser um jantar delicioso.
Depois do jantar, vamos dançar num daqueles clubes, onde param as gajas da vida, eu vou ser a tua gaja esta noite.
Vamos prá casa, quero tirar o vestido devagarinho, quero te mostrar o que trago escondido. Quero apagar a vela, com o bolo de chocolate e muito champanhe, quero unir-me a ti até de manhã.
Hoje faço anos e quero o meu presente. TU.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Para ti com amor


“Saudades são lembranças dos momentos que vivi, são saudades que aumentam cada vez que penso em ti”


Escrevo-te do aeroporto talvez para fechar o ciclo. Estou já com saudades do que chegamos a ser, mas a razão diz-me que não é certo sentir saudades tuas, que saudades só devíamos sentir do que temos mas está distante, eu não te tenho.
Sinto-me a morrer por dentro, por gostar tanto de ti, chego a querer chorar horas seguidas e de repente dou por mim sem lágrimas, tal é o inconformismo que sinto.
Chego a gostar de tudo em ti, parece incrível, mas é verdade. Cheguei a perder o medo, porque senti que querias estar a meu lado e eu disposta a abdicar do que era possível, porque o que interessava era ser feliz, fazer-te feliz mesmo sabendo as dificuldades, tudo seria mais fácil de lidar, só por puder estar a teu lado. Viver com condições próprias da tua situação, não interessava bastava saber que no fim eu tinha um lugar. Que tu não irias largar a minha mão.
Mas largaste, e eu tenho de viver com isso, com o facto de o melhor para ti ser o que escolheste. E tu podes argumentar que não é o melhor, mas é, porque senão o que estas tu a fazer a tua vida. Não vou questionar o que é melhor para ti, eu tinha aceitado que o melhor para mim eras tu, mas são preciso dois para dançar tango.
Queria te dizer que compreendo, mas não compreendo. Custa-me compreender isso, custa-me saber que preferes viver assim se realmente não é isso que queres, e se assim é, concluo que é isso que te faz feliz e na verdade eu não entro na equação. Presunção minha achar que podia mudar assim a tua vida. Queria lutar por ti, queria provar que é comigo que devias ficar, que eu te faria feliz, juro que sim, mas não consigo, porque sei que não é isso que queres.
Como já te disse vou respeitar, provavelmente nunca mais vou falar nisto. Para mim acabou, e para nosso bem não vou alimentar o surgimento de mais alguma coisa. Vou respeitar a tua vida, as tuas escolhas e vou querer o direito de não fazer parte dela.
Espero sinceramente que respeites a minha decisão, não é o que eu quero, mas é o que eu tenho de fazer. Viver de falsas esperanças destrói.


Janeiro 2009

(não sei de quem é a frase)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Private flight

Estou num voo privado, não fiquem preocupados, aqui não me falta nada, nem companhia. Há champanhe, há chocolate e um comissário de bordo muito mas muito eficiente. A vida é curta, não se esqueçam de apanhar voos privados ;)




A big little kiss in your neck.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Muda.

Como se cala um coração?
Como se cala um coração?
Como se cala um coração?
Como se cala um coração?
Como se cala um coração?

terça-feira, 24 de março de 2009

Experiência 1 2 3

Estamos a experimentar coisas novas por aqui!


Já se tentou algo gelado, quente e apimentado...não ficamos satisfeitos, voltamos a repetir pela mesma ordem, é tão bom quando se repete algo bom não é?

;)

Beijo com sabor a bilhete na mão.

sábado, 21 de março de 2009

Lilás

Num ritmo que me prepara para a noite, tomo o meu banho. A água recebe uma mistura de aromas, menta, canela, rosa, o meu olfacto dispara, cola-se a minha pele a mistura destes aromas e a maciez da água. Salto do banho para o quarto não posso demorar neste ritual, lanço no corpo uma nuvem de óleo, quero ser seda esta noite.
O vestido já esta preparado, lilás da cor do meu perfume. Desliza e assenta como uma segunda pele. Os saltos altos, adequados confortáveis, final perfeito das minhas pernas.
O meu cabelo ora rebelde, agora domado descai caracóis pelo pescoço e ombros, fica assim. Não esqueço os brincos, pequenos brilhantes e as pulseiras.
Não me maquilho muito, apenas o preto habitual nos olhos e o brilho nos lábios, não preciso de mais. Estou pronta.
Chego e ele já lá esta, ele e uma multidão aos gritos. Atravesso a sala, a multidão afasta-se o meu lugar é mesmo a sua frente. Sento-me servem-me champanhe e ele começa.

Faz muito tempo que eu, venho a bater na porta do teu coração mas tu, finges que não estas a ouvir, miúda tu não queres abrir. Se ao menos tu desses conta, de todas as vezes que eu faço uma insinuação, que tu, és a mulher para mim, a flor mais bela do jardim. Pois eu estou morrendo de paixão. Não quero cair na ilusão, dá-me a tua mão, tu és solução. Não diz que não...


Fez me sorrir preparou-se bem, tou a ver que não vou ter saída. Ele olha para multidão e grita:

Ela é gatuna. Esta a roubar meu coração. Entra na minha mente sem autorização. Rouba milhões de beijos. Rouba milhões de amassos. Não dá tempo sequer pra eu me defender.

Fico sem jeito, tenho a sensação que ele não esta feliz e a multidão solidariza-se com a dor dele. E cantam juntos:

Mas onde é que eu estava com a cabeça. Quando disse que não quero mais, onde é que eu estava com a cabeça. Quando disse que não te amava mais. Mas onde é que eu estava com a cabeça. Quando eu disse vá, me deixa em paz. Se dor matasse, baby, já estava morto? Eu já estava morto? Só de saber que já, não sou eu quem beija tua boca. Te ama até de manhã ou até te deixa louca.

Baixo a cabeça, resigno-me a sinceridade de todas aquelas palavras, vêm as lágrimas aos olhos e decido sair dali. Levanto-me, viro-lhe as costas e ele grita:

Não vou aguentar, ficar longe de ti. Não vou conseguir, pois eu fui feito só pra ti. Não vou nem tentar, pois a solidão me vai tomar. Não vai embora, faz de mim o que tu quiseres...

Ficas?

A multidão grita fica fica fica… E eu fico.

Uma noite especial, com um cantor muito mas muito sensual, Anselmo Ralph (recomendo), estou rendida a uma voz que arrepia, a um rebolado que nem consigo comentar. Sabem aquele sorriso que vai de Nova York a Los Angeles foi assim que eu fiquei.

Beijo com sabor a estrelas.


terça-feira, 17 de março de 2009

Gira, gira o pião, faz sorrir o meu coração!

O mundo dá tanta volta, tanta volta. Depois eu vos conto agora vou só curtir essa. Até já.

Ok já curti o suficiente. Vou vos contar, que adoro finais felizes. Não é que primeiro se separaram e agora voltam a tentar. Estou a torcer para que fiquem juntos. É pá, já basta tanta desgraça por aí.
Eu sou assim fico feliz com a alegria dos outros, bato palmas e tudo, dou pulinhos também, alias e agora podem gozar eu inventei a minha dança da alegria, quem já me viu a dançar diz que até faço sorrir quem não tem dentes. A kiki e a Lili são testemunhas, é mesmo a parvoeira dance.
Quando alguém encontra o amor, celebra o amor, conquista o amor, devemos nos juntar a festa e fazer um festival, não é verdade Luís.
Eu sou assim sempre pronta para celebrar tudo o que nos faz feliz. Da tristeza quero apenas a parte em depois das lágrimas começo a sorrir.
Hoje levanto uma taça de espumante, a celebrar a felicidade de todos os que me rodeam, a fazer figas para que tudo corra bem, para que vivam o máximo. Porque por mais positivos que sejamos temos os nossos dias de dor, se não podemos festejar a nossa alegria, sejamos inteligentes e curtimos a dos outros. Tenho dito.


Beijo daqueles

quinta-feira, 5 de março de 2009

Olhar-te assim, amar-te assim


"Não se ama com os olhos, com os olhos deseja-se, ama-se com o coração" hum vou meditar sobre isso e depois digo alguma coisa.

Beijos

sábado, 31 de janeiro de 2009

Compasso do coração.

Corre pelos campos veloz como o vento, tem a pele morena e um sorriso inocente. Descalço, pisa um espinho de uma planta maldosa, mas nem suspira continua em frente. Ele tem uma missão. Agora pisa areia e continua a correr, oiço o bater do seu coração, parece um tambor enlouquecido, sinto o seu perfume, é um aroma envolvente. Não consigo soltar os meus olhos dele e a minha curiosidade aumenta. Sigo-o sem saber porque, mas a sua agilidade, a sua vontade de chegar algum lado, faz-me querer ir junto. Corro atrás sem causar alarido, não quero que me sinta demasiado perto, quero que siga o seu caminho sem distracções, quero saber para onde vai, o que vai encontrar e mais...
Começo a correr mais depressa e de repente o meu coração grita, estou a esforçá-lo ao máximo, mas tem de ser. O meu coração é um tambor, já são dois.
Travo ao ver que ele parou de correr, porque terá parado de correr, volta-se para trás e fita-me nos olhos. Eu entretanto parei a uma certa distância, ele sorri e desata a correr de novo. Terá me desafiado ou terá apenas dado conta da minha presença. Não sei, mas vou atrás dele.
Agora é que são elas, vai a subir uma montanha, hesito, olho para trás a procura de um motivo para parar, não encontro. Vou subir também, já estou por tudo, quero chegar lá, aonde ele vai. Caramba que ágil que ele é, chego a desejar voltar a ter o meu corpo atlético, ai as horas de treino que faltei. Deixo-me de lamúrias e recorro a minha força física e psicológica para conseguir. Eu sou forte.
Afinal era isso, a sorrir-me como que a preparar-me para este martírio, nem olho para baixo, sou capaz de desmaiar só com a altura que já atingi. Bolas, ele já atingiu o topo, falta-me pouco, mas já me doí o corpo todo, é exercício de um mês num dia. Chego ao topo e ele já era, é que já era mesmo, desapareceu. Que sensação estranha, olho em volta e não o vejo. Sinto um misto de tristeza e desilusão. Cansada deito-me no chão, sinto o cheio da terra, das ervas, começa a chuviscar, não tenho onde me abrigar. O meu coração ainda lateja de tanta excitação. Respiro fundo vou acalmá-lo. Fecho os olhos tendo como última visão o pôr-do-sol e as poucos adormeço.
Sinto um perfume, eu conheço este aroma, é o dele. Sinto-o ajoelhar-se e a beijar-me a face, afagar-me a mão e eu não consigo mover-me, estarei a dormir, estarei dormente, não sei, mas não me parece que esteja bem. Desato a chorar mas as lágrimas não surgem, é um chorar seco, frágil. Sinto um leve perfume a rosas, a orquídeas, a lírios, mas de onde surgem estes perfumes, não consigo abrir os olhos e estou a desesperar, não consigo chorar, abrir os olhos, mexer-me, falar. Beija-me os lábios demoradamente, sinto perfeitamente o toque dos seus lábios, primeiro frescos depois amorosamente quentes. Conheço esses lábios, são um lugar comum, mas não consigo corresponder, estou presa. Passa as suas mãos pelo meu rosto, desvia os fios do meu cabelo. Oiço um choro, não é o meu, é dele. Um choro aveludado, suave, mas verdadeiramente triste. Encosta a sua face molhada de lágrimas a minha face. Molha-me o rosto, são também minhas aquelas lágrimas. Sussurra, não desistas, não largues a minha mão. Mas eu não consigo mexer-me eu não consigo fazer nada e ele ali fica a meu lado sussurrando vezes sem conta... Fez-me correr por vales, pisar areia, subir montanhas e agora aqui inerte estou eu sem poder dizer, eu sinto-te, eu sei.

Cris; cá esta o prometido, mas a minha maneira, lamento não sei escrever de outra forma.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A vida acontece.

Passam os anos e crescemos, para os lados, para cima, fisicamente mudamos. Passam-se os anos e envelhecemos, não conheço ninguém que tenha ficado mais novo, a não ser na ficção, mas isso não conta.


Passam os anos ganhamos e perdemos, medo, coragem, compaixão, humildade, fé, calos, frustrações, dúvidas, certezas, amor, ódio… enfim um verdadeiro circo. Ninguém escapa a este show de emoções.


Passam os anos e a única coisa que eu sei é que estamos sempre aprender, é que é até morrer. E mais, se estamos sempre aprender não existem burros. (Gosto desta ideia de não existirem burros, chega a ser irónico). Podem existir ignorantes, mas gente burra não existe. Sabem sempre alguma coisa, mesmo que seja uma burridade como dizem os madeirenses.


Passam os anos e poucas são as vezes que acordamos para a realidade de que nada dura para sempre, que tudo tem o seu brilho, tudo tem o seu lado obscuro, que há um ciclo para tudo. O ciclo não pára, pode saltar por cima, pode esquivar-se, mas há de lá chegar onde tem de chegar.


Passam se os anos e o valor que damos as coisas as vezes só têm significado para nós.


Que muitas vezes estamos mesmo sós. E que as vezes só podemos contar com o nosso próprio umbigo. Parece mau, mas não é, é mesmo assim, nós e só nós, connosco mesmo, quando nos interrogamos, quando queremos respostas as nossas dúvidas, as nossas fraquezas, aos nossos desgostos. Sozinhos.


Passam se os anos e a vida.


Passam os anos, e ainda assim somos capazes de reagir como crianças mimadas, quando a vida não nos corre de feição. Choramos porque não merecemos isto e aquilo, gritamos de raiva quando somos contrariados e de joelhos rendidos pedimos que alguém nos socorra. Falta de mimo, muito mimo, nada disso é apenas o chicote da vida,que deixa a sua marca, e quando ele cai no mesmo sitio, cria feridas profundas daquelas que mesmo cicatrizadas mostram a falta de dó desse chicote.


A vida passa, os dias, os anos e continuamos a crer que o que é nosso vai vir ter connosco, se calhar até vem, feito raio e cai direitinho na nossa cabeça, destrói tudo à volta e vai embora. Se calhar temos de deixar andar e deixar a vida seguir o seu curso. Ninguém me consegue dar a resposta, será que devemos deixar a vida seguir o seu curso ou ir a busca? Quem vos escreve não sabe a resposta, teremos de descobrir sozinhos se a vida deixar.


Estou a abrir as asas de regresso ao ninho. Aproximam-se dias de paz…um beijo com sabor a manga.