quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Dança comigo!

Dança comigo, dança comigo agora. Não ouves a música. Como podes estar aí parado e não me vens buscar para dançar.
Queria tanto dançar. A música já vai a meio e tu não vens, a meio já não tem graça, mas continua a ter alguma. Ainda vais à tempo, anda-la agarra-me e faz-me sentir-te, encostado a mim, o teu calor, o teu balanço. Dança comigo. Eu fecharei os olhos e sonharei com um lugar perfeito, mas terá de ser a dançar contigo. Só assim resultará, aqui agarrada a um copo sozinha, não irei sonhar eu sei. A música já acabou, deixa estar.

- Olá, sou o João, queres dançar?
- Olá, sou a Paris, a música já acabou.
- Eu sei, não tarda nada já estará a tocar outra. (diz enquanto agarra a minha mão de forma firme e fixa os meus olhos)
- Aceito. (digo eu enquanto afasto o olhar e encaminho-me para a pista)
No ar o cheiro a cigarrilha de café, as luzes iluminam como se fossem velas, as paredes e sofás são forrados a veludo preto e vermelho, toca Dont’ break my hearth dos Vaya con Dios e por momentos, por momentos eu sinto-me no céu.

Dois estranhos, um bar, um slow e uma noite solitária e chuvosa de Lisboa.

Um comentário:

  1. Como piaçabeiro e com todo o gosto , ando a fazer uma visita aos irmãos de armas .

    Até à próxima .

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