Dança comigo, dança comigo agora. Não ouves a música. Como podes estar aí parado e não me vens buscar para dançar.
Queria tanto dançar. A música já vai a meio e tu não vens, a meio já não tem graça, mas continua a ter alguma. Ainda vais à tempo, anda-la agarra-me e faz-me sentir-te, encostado a mim, o teu calor, o teu balanço. Dança comigo. Eu fecharei os olhos e sonharei com um lugar perfeito, mas terá de ser a dançar contigo. Só assim resultará, aqui agarrada a um copo sozinha, não irei sonhar eu sei. A música já acabou, deixa estar.
- Olá, sou o João, queres dançar?
- Olá, sou a Paris, a música já acabou.
- Eu sei, não tarda nada já estará a tocar outra. (diz enquanto agarra a minha mão de forma firme e fixa os meus olhos)
- Aceito. (digo eu enquanto afasto o olhar e encaminho-me para a pista)
No ar o cheiro a cigarrilha de café, as luzes iluminam como se fossem velas, as paredes e sofás são forrados a veludo preto e vermelho, toca Dont’ break my hearth dos Vaya con Dios e por momentos, por momentos eu sinto-me no céu.
Dois estranhos, um bar, um slow e uma noite solitária e chuvosa de Lisboa.
Começo a voar, nesta folha em branco. Ao certo, ainda eu, sou uma folha em branco, já vi uns rabiscos no canto superior direito da folha. Claro está, está certíssimo já tenho quase 30 anos, é bom que já apareça alguma coisa, um risco, uma ruga. Pois é pessoal, atiro-me aqui, completamente aos vossos pés. Um desejo antigo de escrever e de partilhar o que me vai nesta alma. Não farei promessas, logo veremos, o que o céu nos reserva. Não esta muito vento, portanto a descolagem vai ser suave.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Dança comigo!
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Como piaçabeiro e com todo o gosto , ando a fazer uma visita aos irmãos de armas .
ResponderExcluirAté à próxima .