Começo a voar, nesta folha em branco. Ao certo, ainda eu, sou uma folha em branco, já vi uns rabiscos no canto superior direito da folha. Claro está, está certíssimo já tenho quase 30 anos, é bom que já apareça alguma coisa, um risco, uma ruga. Pois é pessoal, atiro-me aqui, completamente aos vossos pés. Um desejo antigo de escrever e de partilhar o que me vai nesta alma. Não farei promessas, logo veremos, o que o céu nos reserva. Não esta muito vento, portanto a descolagem vai ser suave.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Os loucos.
Se há gente que eu admiro, são os loucos os loucos sãos. Os loucos que se arriscam, que apostam e gritam para o mundo todo saber que não se importam, que só interessa a sua intenção e mais nada.
Se há gente que eu admiro são os loucos, os loucos de gestos bonitos, os que nos fazem rir e chorar porque no lugar deles podíamos estar nós.
Conheço muitos loucos, loucos que já me propuseram loucuras, da maneira mais singela e pura que só eles sabem.
Sei de loucos que me acham louca, porque gosto deles, porque tenho um ombro, porque tenho um ouvido, uma palavra para eles e o sorriso nunca me falha quando os oiço construir uma loucura.
Esses loucos são gente que sente tudo ao máximo, quando uma loucura concretizada lhes bate a porta são felizes e contagiantes, agarram os nossos braços e fazem-nos dançar no meio da rua, de uma reunião, de uma cerimonia, sem qualquer pudor. Quando é de algo triste que se trata, fazem doer qualquer coração abatem-se e sentem-se os maiores desgraçados, quando no fundo são eles que ficaram com a graça toda.
São loucos e bastam, bastam para me fazer acreditar que este mundo pertence a eles, aos que não têm medo do nosso medo.
O mundo chama-lhes loucos eu chamo-lhes audazes!
P.S. Uma música que eu adoro, “Loucos de Lisboa”, Ala dos Namorados, este homem têm uma voz louca!
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