sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Apresento-vós o meu amigo Juan Talavera

Amigos e amigas tenho o prazer de vós dar a conhecer um amigo meu. Ele chama-se Juan.
O Juan trabalha como cooperante da UNICEF no Peru. É voluntário num mundo onde nós, nem para os nossos as vezes somos.
Quando falo do Juan o meu coração fica pequenino, fica apertado com tanta emoção, pois admiro muito a sua coragem e determinação.
Ele está distante, está na América Latina onde o seu trabalho é muito necessário.
Ele saiu do seu país, do conforto do seu lar, deixou familiares e amigos, partiu para longe para ajudar quem mais precisa. Lembro-me das primeiras fotos que me enviou, tiradas no outro lado do mundo, sempre com um sorriso próprio de quem sabe o verdadeiro valor da vida. Longe do conforto que nos habituamos, o Juan convive diariamente com as calamidades, que nós podemos fugir simplesmente desligando a televisão.
O Juan é daqueles amigos que gostamos muito, mas não sabemos quase nada sobre eles, o que sabemos é suficiente. Não sei se gosta de laranjas, não sei a sua cor preferida, nem qual o seu clube de futebol. O que eu sei é que ele tem um coração grande e que é muito corajoso e isso para mim, é tudo o que preciso de saber.
Acredito que tal como o Juan, podemos ser heróis, podemos começar pelas coisas pequenas, por disponibilizar o nosso tempo, o nosso ombro ou o que realmente não nós faz falta. Como ele próprio disse

“Mucha gente pequeña…en muchos lugares pequeños…Harán cosas pequeñas…que transformarán el mundo…”

Gosto muito do Juan, ele é meu amigo, tenho amigos maiores que a própria vida.

Obrigada por fazeres o bem!
http://blog.unicef.es/?p=57 para conhecer o seu trabalho.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Kit fim-de-semana em casa

Porque as vezes o dia a dia faz-nos esquecer que apimentar a vida também faz falta.

Kit Básico de fim-de-semana em casa:

1 Garrafa de vinho
1 Caixa de bombons
Ligerie sexy

Para o Kit Ideal acrescentar:
1 Cd de jeito

Para o Kit Sofisticado acrescentar:
Velas
Sais de banho

Para o Kit Premium acrescentar:
O famoso Kamasutra.

Simples e fácil é só acrescentar uma boa dose de energia e imaginação. Bom fim-de-semana.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

São Valentiiiiiiiiimmm

A pedido da minha própria consciência, a qual eu escuto só quando me convêm, vou ter de falar sobre o dia de São Valentim.

É um dia chato, terrível, massacrante, deprimente, para a maior parte dos solteiros e comprometidos.

É um dia maravilhoso, bonito, emotivo, fantástico para a maior parte dos solteiros e comprometidos.

Enfim, pode ser isso tudo independentemente de termos o coração ocupado ou não, o dia de São Valentim pode ser uma ida ao céu ou uma excursão ao inferno.

Há quem se empenhe o ano todo e mais ainda neste dia, a quem não se empenhe o ano todo e só se lembre neste dia e há quem não festeje o dia por não precisar e há quem gostava de festejar o dia.

Neste voo o que aconselho é que sozinhos ou acompanhados o que interessa é estarmos bem, ao lado de quem amamos, seja o namorado, o amante, a família, o cão ou o mundo. O que interessa é que no dia em que se festeja o amor, independentemente da forma em que ele se apresenta devemos deixar que este inunde o nosso coração.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Por cima ou por baixo.

Tou f*, juro que estou, eu sei, não é preciso ficarem com cara de espanto eu também fico F* e com F grande. Eu já não sei o que fazer, adormeço a pensar em como vou acordar ou então adormeço já a praguejar.
Mudei de casa há cerca de um ano, e por esta altura atingi o meu limite, é que eu que até me considero uma pessoa tolerante, compreensiva e blá, blá, blá, já estou quase louca.
E sim vou fazer queixinhas, a minha vizinha de cima, deve ser hippie, se não é parece, todos os dias de manhã arrasta qualquer coisa pela casa toda, que no meu ver só pode ser uma caravana. Como montar acampamento em terrenos alheios pode acabar em prisão, ela resolveu fazer isso dentro de uma casa. Acordo com a sensação de que um comboio esta a passar pelo tecto do meu quarto. E como não bastasse, tem um gosto musical que valha-me nossa senhora, é com cada mistura, Sting com Ágata em seguida toma U2 que a Romana já canta, não me parece ser fã do Zé cabra, mas também era já só o que faltava. No início ainda pensei que eles tinham um dia fixo para receber os amigos em casa, parecia ser sempre a quinta, depois passou para a terça e agora já não sei, é que lá para duas da manhã junta-se a tribo e toca pular como se não houvesse amanhã ao som de um heavy metal manhoso. E quando fala ao telefone, é pá ao sábado de manhã deve telefonar a mãezinha lá na terrinha, é dar com ela literalmente aos gritos ao telefone. A mãezinha deve ser surda, se não é, por este andar já deve estar com tamanha guinchada.
Mas cantoria a sério é a da minha vizinha de baixo, mesmo com todas as portas e janelas fechadas eu consigo ouvi-la cantar e minha gente é de fazer chorar a minha alma. Ela se não foi fadista, deve ter ambicionado. Eu gostava que ela tivesse sido e penso nisto já com as lágrimas nos olhos. Ela devia ter tido essa sorte e gostaria também que ela tivesse tido muita fama e ganho muito dinheiro, porque assim seria certo que não iria viver no andar de baixo mas sim num condómino qualquer e bem longe daqui. A mulher canta mal que se farta, mal a oiço e o meu cérebro começa “ cana rachada, cana rachada” e como se não bastasse repete várias vezes a mesma frase e acaba sempre a última palavra com um uivo. E isto acontece todos os dias em que posso dormir mais um pouco.
O que me vale são os filhos dos outros vizinhos, é que o meu prédio esta cheio deles. E por mais que gostasse nenhum deles vive nem em cima nem debaixo de mim, quer dizer do meu andar. Rapazes atléticos, bonitos e cavalheiros e com cada rabiosque, que quando os encontro no elevador que é tão apertado, fazem me esquecer que estou quase a ficar louca e surda, mas que em contrapartida a minha visão está a melhorar a cada dia.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O nosso momento!


Sentada olho para esta paisagem magnifica. Saboreio este momento e espero que passe bem devagar. A medida que o sol se despede este beija a minha face. Sopra uma brisa tão leve, mas que ainda assim consegue balançar o meu cabelo. Chego a pensar que é verão, mas não é, é mais uma tarde de Inverno. E que bela tarde. São em momentos singulares como este, que penso que gostaria ter a meu lado quem não está. Gostaria que estivessem algumas pessoas, que eu sei que apreciam estes momentos como uma dádiva, pessoas que esquecem por momentos as suas dores, frustrações, tristezas para viver uns minutos de paz, beleza e perfeição. Pessoas que entendem que há momentos que são de uma riqueza infinita. E que por mais que se viva estes terão sempre o seu valor. São momentos que curam, elevam e que nos fazem sentir especiais, para isso basta parar e apreciá-los.
Respiro fundo e agradeço, agradeço por este pedacinho de céu.


(Das melhores fotografias que já tirei até hoje, acho que captei um momento mágico, não acham?)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Não me levem a mal!

Ninguém me leve a mal, mas não gosto mesmo nada do Carnaval. Não consigo entrar na euforia destes dias. Esta coisa de se disfarçarem, de se fazerem passar por outras pessoas ou por personagens assusta-me, não sou contra, até acho piada mas de longe, do género eu aqui e o pessoal aí a uns 300 metros.

Assusta-me psicologicamente de tal forma que é possível ver a expressão física desses sustos. Começo a sentir um frio na barriga e começo a afastar-me na direcção oposta, por vezes fico tão aterrada que fecho os olhos na esperança que aquela personagem desembarque noutro porto.
Mas o que me assusta de verdade, são as mascarás, assusta-me não saber quem se aproxima de mim, assusta-me não saber quem se esconde ali.
Estes últimos anos convenceram-me e decidi sair para a festa. Não há um único ano que não tenha apanhado um susto valente. No ano passado fui agarrada por um ninja, bem esperneei, mas nem o Homem-Aranha, nem o Zorro, nem o Super-Homem apareceram em meu socorro. O que me irritou mais, foi o facto deste ninja ter pelo menos um 1 metro e 80, e eu não conseguir enfiar dois dedos estilo kung-fu nos seus olhos. E com isto ganho medo de virar uma esquina e ser cumprimentada por uma das personagens de filme de terror, o Freddy, a miúda do exorcista, o Frankenstein ou o Chuck.

“ A vida são dois dias e o Carnaval são três” e que três. Há quem aproveite o Carnaval para se libertar, para extravasar, os disfarces ganham vida por uns momentos e podemos ser outros, sem sermos censurados. Eu acho bem, mas tenho medo.

A esta hora ainda estou a pensar se quero mesmo ir para a festa. Estou a pensar se valerá a pena, sentir o arrepio na espinha, cada vez que me volto e vejo um drácula (ou cem), a velhota mais feia, ou o monstro do momento. A esta hora estou a pensar, que se sair vestida de Pocahontas o melhor é encontrar logo o John Smith ou estou bem tramada.