segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Meu melhor amigo meu amor!

És meu amigo, meu conselheiro, meu companheiro das traquinices, das noitadas. Safávamos sempre um ao outro quando necessário. Chegamos a mentir, para salvaguardar a imagem do outro. Cúmplices em tudo.
Chorei muitas vezes no teu ombro, por outros me terem partido o coração. Rimos tantas vezes, vezes sem conta. Até me doerem as bochechas e tu me chamares de palhaça. Sou sim uma palhaça, que sempre teve o prazer de te ter na plateia.
Somos tão amigos que já partilhamos a mesma cama, a mesma mesa, até a tua roupa. A minha era demasiado feminina dizias tu. E isto tudo sem pensar que podíamos ser mais. Somos tão amigos, que não tenho vergonha de ser como sou quando estou contigo. Somos tão amigos que a tua dor é a minha, a tua alegria é a minha. Tão amigos que se te vejo doente também fico, que se te armas em louco e corajoso, eu fico ao teu lado.
Tão amigos que guardamos aquelas confidências, que não fazemos a mais ninguém.
Tão amigos que os silêncios, as lágrimas, os sorrisos falam.
As vezes lembro-me dos teus abraços, sinto-me muito segura. Lembro-me também das vezes que me desfizeste o penteado, estando eu pronta para sair, por capricho, para me arreliares, zangava-me gritava, mas no fim beijava-te na face e gritava “ wish me luck”.
Quantas vezes te disse, sinto-me mesmo bem ao pé de ti. E hoje, aqui, a poucos minutos de te casares, perguntas-me se erraste.
E eu digo-te, tu nunca erraste, a vida assim não quis. Há amizades perfeitas, mas os amores, esses são difíceis de serem perfeitos.
Perguntas-me se nunca existiu desejo, claro que sim, muitas vezes quanto de via, com as tuas namoradas, imaginava-me sendo eu a estar ali de mão dada contigo. Mas depois pensava, que bom era te ter como amigo, és demasiado precioso para mim. Elas foram mais eu fiquei, eles foram mas tu ficaste. Aos amigos perdoamos os defeitos, as pancadas, os caprichos. Aos amores perdoamos enquanto duram. E eu quero ficar para sempre contigo. Escolho a nossa amizade, escolho poder olhar para ti sem ressentimento, sem dor. Quero ver-te feliz, mas a tua felicidade não passa por mim, eu sou uma parte a parte que terás sempre como certa. E eu quero pensar que tu também és assim, que serás sempre certo na minha vida.
- E ela? Ela será a tua mulher, a tua companheira a tua confidente, o teu amor. E eu serei, o melhor que posso ser, a tua amiga. A ela amas de corpo e coração, a mim de vida e alma.
Há amizades que são maiores que muitos amores e a nossa hoje é maior que isto tudo. Repete comigo: “Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amigos para sempre!”
Estás lindo, agora vai e sê feliz.

Dedicado aquelas amizades que tocam o amor verdadeiro.

sábado, 13 de outubro de 2007

HOMENS ASSIM SIM!

Tenho ouvido muitas queixas dos meus amigos homens, acerca das mulheres que não os largam. Que andam doidas por eles. Querem curtir, querem a tal “one night stand”, namorar, juntarem-se e pior até casar com eles.
Andam apavorados os meus amigos e não é que não gostem de mulheres não nada disso, simplesmente dizem que são tantas que já começa a ser difícil dar conta de alguns recados.
Estão-me sempre a importunar com este assunto, que resolvi dar-lhes uns conselhos de como afastá-las do caminho.

Ora, assim sendo para quem precise do mesmo remédio cá vai:

Não devem levar-nos á jantar, abrirem a porta do carro, puxar a cadeira para nós nos sentarmos, pedirem por nós e dizerem que estamos lindas. Não, não, não. É algo mesmo a evitar. 75% de nós mulheres é a favor de cavalheirismo nos momentos certos. Logo nada disso.

Devem evitar a todo custo terem bom hálito. Saber a pastilha de mentol, morango ou outro. Um beijo destes saborosos bem articulado, pode vos custar um estado civil. Entenderam bem.

Quando estamos tristes e em baixo, não nos dêem colo, não, não. Não nos recordem o quanto somos maravilhosas e importantes nas vossas vidas. Pois se o fizerem e mais se for mesmo verdade, para além de nós, até a nossa mãe andará atrás de vocês.


Não devem depilar-se, a sério. 90% de nós gosta muito, de peitos depilados ou no mínimo o mais curto possível em todos os sítios possíveis. Portanto nada de depilação.
Nem cuidados de higiene como o belo do banho sempre em dia, as unhas bem cuidadas e os pêlos do nariz aparados. Não usem desodorizante e não passem hidratante no rosto e no corpo isso, meus caros leva-nos ao delírio. Só nos apetece esfregarmo-nos todas em vocês.


Não deixem de ir ao futebol por nossa causa. Quem diz futebol, diz tudo o que vocês apregoam como sendo de extrema importância para o vosso ego masculino. Somos capazes de dar pulos de alegria, por nos terem escolhido em detrimento de uma noite bem passada num estádio qualquer seguido de umas cervejas. Como agradecimento queremos passar ao resto do tempo agarradas a vocês a realizar todos os vossos desejos. Agarradas como lapas, sim mesmo lapas.

Pelo amor da santa não pratiquem desporto. 65% das mulheres jura de pés juntos que não resiste a uma sessão de sexo louco quando se trata de um corpo habituado aos alteres, tapete, bicicleta, futebol, basket, piscina. Qualquer uma destas actividades é um verdadeiro chamariz de gajas. Mantenham-se longe!


Se com aplicação de pelo menos 3 destas regras, não conseguirem um pouco de paz. Experimentem não oferecer flores ou bombons, mas tarde ou mais cedo ela troca-vos pelo carteiro.



Nota: Resultado das estáticas foi conseguido, através dos encontros de fofoquices, com as vizinhas, amigas e especialmente com estranhas que, desabafam em casas de banho públicas.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A OUTRA II - Passou-se!?

- Que estás aqui a fazer?
- Vim falar contigo.
- Agora não dá.
- Agora dá, vai ter que dar.
- Mas amor!
- Mas amor porra nenhuma! Porquê esse ar de espanto. A pois, desculpa uma senhora não diz porra. Pelo menos não dizia.
- Disseste que estava tudo terminado, foste tu que decidiste. E agora porque estás assim?
- Porquê? Porquê? Porque não me largas, porque não me deixas. Estás colado a mim, na minha pele, na minha memória. Agarras-me como se o ontem fosse o hoje. Ainda não percebeste que já acabou. Ao fim deste tempo, depois de tantos momentos sem ti, percebo que ainda não percebeste. Eu já não te pertenço. Amei-te de forma diferente. Respirava-te, acariciava-te, mimava-te como a ninguém. Dei de mim e quis dar mais do que é humanamente possível. Os teus defeitos, a tua ignorância, a tua arrogância eram perdoáveis. E eu que não perdoo. Descobri que não me perdoo, por ter te dado a mim. A mim. Sai de mim. Quero apagar de mim o que me une a ti. Essas lembranças de momentos que me prendem aos cheiros, as cores, as emoções. Desaparece, mas desaparece de mim.
- Não sei o que é isso.
- Não sabes eu elucido-te. Desaparecer de mim, quer dizer, tira de mim o sabor dos teus beijos, isso mesmo. Tira de mim, o toque da tua pele. Tira de mim o desejo de te ter. Tira de mim essa ilusão de que a teu lado estou bem. Porque a meu lado não esta nada. Nada. Enquanto tu fores o meu presente, não és nada. Tenho de conseguir tirar-te de mim, para seres alguma coisa.
- Não percebo o que dizes! Mas nós estávamos tão bem.
- Bem? Se estávamos bem. Então eu quero estar mal. Sim mal, agoniada, magoada, lixada, fodida, quero estar assim. Porque se bem é estar assim. Então prefiro estar mal. Pelo menos assim sei como estou, não vou precisar de ti para me sentir.
- Mas porquê? Porquê isso tudo agora.
- Agora! Porque não vai ser amanhã, porque tem de ser agora.
- Assim de repente.
- Sim assim de repente deixei de gostar de orquídeas e em consequência disso, vi que gostava mais de mim. Ora se gosto mais de mim, não posso mesmo gostar de alguém como tu. Logo tu estás fora de jogo.
- E vais te embora assim.
-Vou, mas volto. Sabes que volto. Um dia vamos esbarrar um no outro, numa esquina, num café, num elevador. Mas não me vais ver como vês hoje. Porque hoje eu sou a outra. Mas amanhã eu serei o que nunca tiveste mas sempre desejaste. E nesse dia eu vou olhar para ti com carinho, pelos bons momentos e pelos maus. Porque o que não nos mata torna-nos mais fortes!? Vou mas não te esqueças que volto.